A linguagem oral é a mais
remota figura de comunicação entre as pessoas, portanto, as histórias têm papel
respeitável no desenvolvimento das crianças. Mais que uma linguagem prazerosa e
educativa, a ação de contar e ouvir histórias possibilita o resgate da memória
cultural e afetiva. Contar histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos
tempos, o povo se reunia ao redor do fogo para se esquentar, alegrar, dialogar,
narrar acontecimentos.
As pessoas assim reunidas contavam e repetiam histórias,
para guardar suas tradições e sua língua. Assim transmitiam a história e o
conhecimento acumulado pelas gerações, as crenças, os mitos, os costumes e os
valores a serem resguardados pela comunidade. Devemos lembrar que Cristo, nas
pregações, usava a parábola, uma forma narrativa alegórica, uma história, para
passar sua mensagem aos homens. Suas palavras iam do concreto ao simbólico e
todos as entendiam.
O
ato de contar uma história, além de atividade lúdica, amplia a imaginação e
ajuda a criança a organizar sua fala, através da coerência e da realidade. O
ver, sentir e ouvir são as primeiras disposições na memória das pessoas. Contar
histórias é uma experiência de interação. Constitui um relacionamento cordial
entre a pessoa que conta e os que ouvem. A interação que se estabelece aproxima
os sujeitos envolvidos. Os contos enriquecem nosso espírito, iluminam nosso
interior, e, ao mesmo tempo, nos tornam mais protagonistas na resolução dos
problemas e mais flexíveis para aceitar diferenças.
O
exercício de contar histórias possibilita debater importantes aspectos do
dia-a-dia das crianças. Contar histórias é também uma forma de ensinar temas
éticos e cidadania e de propiciar um mundo imaginário que encanta a criança. A
criança necessita ouvir histórias para desenvolver sua imaginação, a
observação, e a linguagem oral e escrita, assim como, o prazer pela arte, a
habilidade de dar lógica aos acontecimentos e estimular o interesse pela
leitura.
Através da arte de contar
histórias, podemos tornar possível a construção da aprendizagem relacionada à
competência cognitiva da criança, propiciando elaboração de conceitos,
compreendendo sua atitude no mundo, e se identificando com papéis sociais que
exercerá ao longo de sua existência. As histórias devem acontecer dentro de um
contexto simples e adequado ao entendimento da criança. São extraordinárias
ferramentas para a comunicação de valores, porque dão contexto a fatos
abstratos, difíceis de serem transmitidos isoladamente. O professor como
contador de histórias, transforma-se em um mediador privilegiado dentro do
contexto da educação quando leva o aluno a pesquisa e a novas produções. A
história passa a ser reinventada pela criança através de um desenho, uma
pintura, ou mesmo através de uma fala com enfoque pessoal.
Ref: Revista ACB
Amélia Hamze
Profª
FEB/CETEC
FISO
e ISEB – Barretos/SP
Fonte: Brasil
Escola:
http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/o-momento-magico-de-contar-historias.htm Acesso em 30/10/15.

texto perfeito, muito me ajudou na elaboração de uma prova.
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